As Sementes em Mim - Trecho do Livro Tecendo a Vida

“A neve e as tempestades matam as flores, mas nada podem contra as sementes!”. Khalil Gibran

 

Todo o meu ser reverbera esta verdade. Somos feitos de sementes, pequeninas sementes espalhadas em tudo o que há em nós, em todo nosso microcosmos celular. Muito além de um corpo de carne, como Filhos da Luz, filhos de Deus, espíritos em uma inédita experiência humana, somos um solo fértil de infinitas possibilidades. Quando passamos a acessar esta bendita informação, coisas acontecem em nós e ´fora de nós´. A divindade uma vez reconhecida sempre continua seu trajeto de ascese, de retorno a Verdade que vive em nosso mais profundo silêncio. O silêncio da vida, o silêncio que fala de Deus.

A vida é movida por uma Força Suprema, Inteligente, Magnânima, Generosa e Compassiva. Seu magnetismo é irresistível, é impossível negá-la, é impossível ignorá-la, Ela É, e se comunica conosco a todo o tempo, através de símbolos. 

Estamos imersos no Campo, o ´Corpo de Deus´, somos sementes e em nós habita a potência de tudo o que há. Para que estas sementes iniciem seu processo de germinação, necessário se faz viver, com olhos e ouvidos disponíveis para a perfeição, conscientes que inexiste o mal, o ruim, mas sim manifestações diversas do amor.

Quando se acessa estes olhos passamos a ver e ouvir a Vida, passamos a senti-la em nosso íntimo, vibrante, clamando o desabrochar, o realizar, o crescer. Somos um manancial da vida, nossa percepção é que traduz a realidade que escolheremos. Se os olhos forem bons, todo o corpo terá luz, como disse o Mestre.

Nossa história pode ser contada sob inúmeras perspectivas, pois depende da percepção dos chamados da vida. Como que enxergamos a vida? Partindo da idéia da Perfeição como a Fonte Criadora, estamos fadados ao reconhecimento do equilíbrio e aprendizado em todo o manifesto, pois somos a representação das possibilidades lançadas por Deus na Terra, como sementes, que silenciosamente, irrompem a terra e cumprem sua natural missão de ofertar-se a vida como parte do teia da vida. 

Nossas sementes estão aguardando o desabrochar, o germinar, é tempo de regar o solo com as águas cristalinas da consciência, de adubá-lo com alimento da compaixão, que a todos vê, com bons olhos, e a todos reconhece como partes pertencentes a um mesmo Corpo e que caminham para o retorno da Casa Paterna, reluzentes, contagiantes, reverberando propósito e sentido, pois a Casa somos nós.

Somos as sementes lançadas pelas Mãos do Amor, somos deuses, em nós existe todo o necessário para germinar e ofertar flores, folhas e frutos, basta reconhecermos que a vida a todo o tempo nos oferta a chave que abrirá a porta da vida Eterna, em que todos somos Um, e a separatividade é mantida pelo medo de germinar e florescer.

O Essencial em nós tem uma maneira muito amorosa de conversar conosco, ela se apresenta para nós todo o tempo, e esta é a nossa missão, percebê-la. A morte está a serviço do essencial, pois nos ensina a impermanência, o ir e vir, o ritmo, os ciclos da vida.

 O transitório faz parte do jogo de aparências, quando conseguimos compreender a transitoriedade, a impermanência da vida, conseguimos permanecer com o eterno. Não será a morte física que afastará alguém, pois a essência já está impregnada em seu coração, em suas células, em seu Ser, e isso é impossível de ser retirado, pois é uma conquista da eternidade, isso é a certeza da Unidade, é o espírito ocupando diferentes recipientes, como diz o filósofo, e a quebra do recipiente não o faz chorar pois o permanente continua.

O impermanente nos permite aprender que podemos ficar com o essencial e deixar ir o transitório, 'o que é seu fica com você'. Santo Agostinho 

Segundo a mitologia apenas o nascimento pode vencer a morte. O luto representa uma crise em que algo morre e, claro, naturalmente, algo nasce no lugar, um rito de passagem, como uma transição psicológica, um novo degrau consciencial se apresentou.

O luto representou um ponto de mutação que me foi permitido vivenciar a Jornada Interior, a jornada do herói. Segundo a filosofia oriental depois de uma época de decadência chega o ponto de mutação (I Ching) momento de crise em que no fundo do abismo desponta a voz da salvação, a luz volta a raiar, em que o rio toma novo curso, em que o inesperado e impossível se faz possível. 

Assim é a escola da vida é preciso passar de etapa. Quantos símbolos podemos apresentar como este ponto de mutação que vivenciamos diariamente, quantos momentos do nosso dia podem representar este momento de renascimento, e muitas vezes escolhemos nos cegar por medo da morte, por temer a passagem, o novo, e nos apegamos ao que passou, gerando sofrimento e impedindo a natureza agir. Se permito esta ciência, esta compreensão, o sentido me toma e, tudo se abastece de propósito, deixo de digladiar com os desígnios da natureza e passo a fluir, compreendendo que a perfeição e a homeostase são perceptíveis quando escolhemos vê-la, estes são os olhos de ver recitados pelo arquétipo da perfeição que passou pela terra, Jesus. 

 

Tudo está em perfeito equilíbrio nossos olhos é que escolhem se cegar. Existe naturalmente um sentido a ser seguido na vida, fases, muitas vezes a crise é mérito e não demérito, é cumprimento das etapas anteriores. 

Segundo a mitologia, quando estamos como tiranos da nossa vida invocamos o herói e ocorre uma transmutação, uma ressureição, um renascimento, basta olhos de ver e ouvidos de ouvir O Chamado.

 

 “Quando você passar por um período difícil, quando tudo parecer se opor a você … Quando você sentir que não pode sequer suportar mais de um minuto, não desista! Porque esse será o momento e lugar que o curso irá desviar!.” Rumi

 

Com amor! Katiucia 

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